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Por que Trump quer anexar a Groenlândia?

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Por que Trump quer anexar a Groenlândia?

O que é a Groenlândia e por que ela é estratégica?

A Groenlândia é a maior ilha do mundo, com 2,1 milhões de quilômetros quadrados e uma população de apenas 56 mil habitantes. Apesar de parecer gigantesca nos mapas, a projeção de Mercator distorce seu tamanho real, que é bem menor que o da África.

Localizada no Ártico, a ilha possui uma posição geopolítica invejável, situando-se entre a América do Norte e a Europa. Sua capital, Nuuk, está mais próxima de Nova Iorque do que de Copenhague, a capital da Dinamarca. Esse posicionamento estratégico é uma das razões pelas quais os Estados Unidos demonstram interesse na ilha desde o século XIX.

Trump e sua obsessão pela Groenlândia

Donald Trump expressou publicamente seu desejo de anexar a Groenlândia, um território autônomo da Dinamarca, alegando razões de segurança nacional. Na visão do ex-presidente dos Estados Unidos, a ilha desempenha um papel crucial na proteção contra possíveis ataques de potências como Rússia e China. Desde 1951, os EUA mantêm uma base aérea no noroeste da Groenlândia equipada com sistemas de alerta contra mísseis, reforçando sua importância militar.

Durante uma coletiva de imprensa, Trump afirmou que não descarta o uso de coerção militar ou econômica para adquirir a ilha, gerando tensões diplomáticas com a Dinamarca, cujo governo reiterou que a Groenlândia “não está à venda”.

Recursos naturais: o tesouro escondido

Além de sua relevância geopolítica, a Groenlândia possui vastas riquezas minerais. Sob suas camadas de gelo encontram-se petróleo, gás natural, cobre, níquel, grafite e lítio — este último, essencial para a produção de baterias de veículos elétricos. Outro recurso estratégico são as terras raras, elementos químicos cruciais para a fabricação de turbinas eólicas e motores elétricos, amplamente dominados pela China no mercado global.

A transição energética em curso torna esses recursos ainda mais valiosos, colocando a Groenlândia no radar das grandes potências mundiais.

O papel histórico da Groenlândia

A Groenlândia foi colonizada inicialmente por noruegueses há mais de mil anos, seguida pelos inuítes. Em 1261, foi oficialmente reivindicada pelo Reino da Noruega, que se uniu à Dinamarca em 1397. Após a separação dos dois países no século XIX, a Groenlândia permaneceu sob domínio dinamarquês.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a ilha desempenhou um papel estratégico ao se aliar temporariamente aos Estados Unidos e ao Canadá, uma relação que reforçou sua autonomia. Desde 1979, a Groenlândia possui um governo próprio, mas ainda está vinculada ao Reino da Dinamarca.

Conclusão: por que a Groenlândia importa?

A Groenlândia combina relevância geopolítica, riqueza mineral e potencial estratégico, fatores que a tornam objeto de desejo de potências como os Estados Unidos. Embora Donald Trump não tenha conseguido adquirir a ilha, sua insistência destaca a importância crescente desse território no cenário global, especialmente em um mundo cada vez mais impactado pelas mudanças climáticas e pela transição energética.

Para entender melhor a importância da Groenlândia e seu papel na geopolítica global, confira este artigo do The New York Times.

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